sábado, 31 de janeiro de 2009

Como as fragatas que voam - o mergulho



Nestas férias (longas) mergulhei em sensações: afeto, liberdade, prazer, irresponsabilidade, amizade, alegrias, cheiro de sal, de mar, de ar marinho, ligeireza dos siris, areia nos pés, vertigens. Bom demais. Mergulhos desde o ar até o fundo do mar.

Difícil agora voltar ao batente, como se, tal qual as fragatas, estes grandes pássaros voadores da foto, eu teimasse em achar que posso viver apenas no ar. Ou de ar. Ou no mar.

Mas eu sou touro, sou de touro: regresso teimosamente à terra. Que os meus textos tenham os sabores do mar, a leveza do ar, a consistência da terra.

Amigos, cá estou de volta, para oferecer-lhes meus textos e para ler os seus textos.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Até a volta



















De férias, vou perambular pelo nordeste com um querido grupo de amigos, retornando a 15 de janeiro.
A cada um de vocês, tão importantes para mim, deixo: beijo, abraço, carinho, e este assombroso poema, do grande poeta (infelizmente pouco conhecido) José Godoy Garcia. Até a volta!

O sol vermelho e verde está aqui ao lado do pássaro.
O sol vermelho e verde está ao lado do lagarto.
Aqui, nesta terra onde assassinam, roubam, seviciam.
E nos dizem que é este o caminho, a verdade, a luz.
Aqui, bem na cabeça do homem está o sol.
Aqui, bem na foz do rio.
Os cavalos mortos estão desde a madrugada.
Os cavalos tiveram suas cabeças decepadas.
A montanha ao longe está sempre falando ao homem.
(José Godoy Garcia. "O Flautista - 1ª Rapsódia", em Poesia. Brasília: Editora Thesaurus, 1999)

LinkWithin

Related Posts with Thumbnails